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CRÔNICAS

Já pesquisou performances do brega em Reginaldo Rossi e atualmente investiga experiências corporais sensíveis em ambientes de escuta coletiva de músicas. Sua alucinação é suportar o dia a dia e seu delírio é a experiência com coisas reais. Entre os delírios pandêmicos, caminhou pelas ruas de Tóquio, participou de um torneio de sinuca que valia 33 mil reais e esteve em muitos shows, agora chamados “live”.

Rafael Andrade

“Isolamento Social, Experiências Musicais Indoor E Algumas Reflexões Sobre Corpos Confinados”

A profissionalização das lives: números, capitalização e experiências do “ao vivo”

“(…) com tanta opção de entretenimento que pode ser acessado de casa, por que algumas pessoas estão com saudade da rua? De sair de casa? O que a rua tem? Pra mim, o outro motivo de sucesso das lives é a possibilidade de encontrar e compartilhar um certo espaço público, mesmo que digital, em tempo real. Nesse caso, as timelines, as hashtags, as conversas de Whatsapp ou Facebook, todos esses espaços parecem conter um pouco de possibilidade de fazer-nos sair de nossa individualidade e acessar um outro comum.”


17 de Abril de 2020


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O São João de Campina Grande: Parque do Povo e heterotopias

“Parece que esses espaços, quando recebem pessoas, se tornam outros espaços, inauguram tempos outros, são espécies de “portais” para um espaço encantado. No entanto, são efêmeros. (…) Quando passamos pela roleta e subimos as escadas e, de repente, avistamos o gramado do campo de futebol, parece que adentramos um espaço especial. Quando entramos em uma sala de cinema. Quando pegamos nossa cartela individual, abrimos a porta e descemos a escadinha d’A Obra, na Savassi, em BH. Quando entramos em uma igreja ou um terreiro. Quando entramos na “cidade do forró”, montada no Parque do Povo, em Campina Grande. Esses espaços outros que se abrem pra nós, penso, abrem também temporalidades outras. Outras formas de experiência espaço-temporal que, mesmo inscritas em uma certa cotidianidade, criam dobras. (…) Hoje atingimos a triste marca de 100 dias sem poder passar por fendas e portais semelhantes. Resta-nos a memória, a imaginação criativa e a paciência.”


26 de Junho de 2020

NOTA

A finalidade do projeto é servir como registro das narrativas produzidas no período da quarentena em espaços on-line, por isso algumas das imagens podem conter conteúdo sensível ou de caráter discriminatório. Elas se encontram nesse compilado com fim reflexivo.

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